quarta-feira, 16 de setembro de 2009



A imagem mostra um pouco sobre como o indio consegue sobreviver.

Economia: Para garantir a sobrevivência, os índios caçam, pescam, coletam e plantam, usando instrumentos e processos ainda bastante rudimentares. A caça pode ser individual ou coletiva. Além do arco e da flecha, usam também a zarabatana, tubo comprido para soprar dardos envenenados com curare. As presas mais comuns são veados, porcos-do-mato, antas, macacos, tamanduás, preguiças, pacas, capivaras, tatus e diversas aves. Na pesca usam vegetais (que intoxicam ou atordoam o peixe) e armadilhas, como o pari dos guajajaras —um cesto fundo com uma abertura por onde o peixe entra atrás da isca e não consegue sair. Além da abundância de peixes, os rios lhes fornecem também répteis e quelônios (tartarugas). A maioria das tribos pratica a chamada agricultura de coivara: abrem uma clareira na floresta, deixam os troncos secarem ao sol e ateiam-lhes fogo. Após as primeiras chuvas, plantam as mudas e sementes de maneira desordenada, misturando os vegetais. Entre as plantas alimentícias, cultivam principalmente mandioca, milho, batata-doce, cará, abóbora, vários tipos de vagens, amendoim, pimenta e frutas, como caju, abacaxi e maracujá. Cultivam também plantas medicinais, estimulantes e industriais. Como não usam fertilizantes, após três a cinco anos de cultivo abandonam o terreno, que só pode voltar a ser plantado alguns anos depois. Por isso, de vez em quando a tribo muda para outro local. Para o transporte utilizam canoas escavadas em troncos de árvores leves, como o jatobá. A divisão de trabalho se faz por sexo e por idade. De modo geral, a mulher cuida da casa, das crianças, da coleta de frutos e cocos e das plantações. Os homens caçam, pescam e constroem casas; fazem canoas, armas e certos objetos artesanais; derrubam a mata para o plantio (nessa atividade é comum a prática do mutirão) e encarregam-se da defesa da aldeia (em outros tempos, sua principal atividade era a guerra). O comércio entre as tribos se limita a algumas trocas (escambo). Normalmente as aldeias são auto-suficientes, mas sempre existem alguns artigos que certos grupos fazem melhor que outros. No alto Xingu, os uaurás se destacam pela cerâmica; os camaiurás pela qualidade dos arcos; os cuicuros, pela beleza dos colares de caramujo.

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